Nova série documental revela a história não contada dos assassinatos de Idaho 2p6s3h
Os diretores Liz Garbus e Matthew Galkin falam sobre One Night in Idaho, da Amazon, e como eles fizeram uma análise interna do caso que chamou a atenção do país 1o101u
Na madrugada de 13 de novembro de 2022, quatro estudantes da Universidade de Idaho foram mortos a facadas em uma casa fora do campus. Kaylee Goncalves, 21 anos, Madison Mogen, 21, Xana Kernodle, 20, e Ethan Chapin, 20, eram todos membros do sistema de fraternidades e irmandades da universidade e queridos pela comunidade acadêmica. O assassinato dos jovens transformou as semanas seguintes em uma avalanche de atenção da mídia nacional e especulações online em torno de um único tema: Os Assassinatos de Idaho. 2g233j
Apesar de divulgar poucas informações sobre o processo investigativo, a polícia de Moscow, Idaho, acabou prendendo o principal suspeito: Bryan Kohberger, estudante de pós-graduação em criminologia de 28 anos da Universidade Estadual de Washington. Agora, três anos depois, com o julgamento de Kohberger finalmente previsto para começar em agosto — após diversos adiamentos — os cineastas Matthew Galkin e Liz Garbus lançam uma nova série documental pela Amazon que examina de perto como as pessoas mais próximas ao caso lidaram com a perda trágica e com a tempestade midiática que se seguiu. One Night In Idaho: The College Murders estreia em 11 de julho no Prime Video.
Galkin e Garbus começaram a trabalhar no projeto na primavera de 2023, entrando em contato com familiares das vítimas, o que levou a uma reunião com a família Chapin. Ambos os cineastas são conhecidos por seus trabalhos que abordam o crime real com uma perspectiva ética — buscando dar voz a histórias de pessoas que normalmente são ignoradas pela mídia e pela polícia. (Garbus é talvez mais conhecida por seu trabalho na série Desaparecidas: Caça ao Assassino de Long Island, da Netflix — sobre como o assassino conhecido como LISK escapou da polícia ao alvejar jovens trabalhadoras do sexo. Já Galkin dirigiu a minissérie Murder in Big Horn, da Showtime, centrada nos desaparecimentos e assassinatos de mulheres indígenas em Montana.) O trailer da nova série traz diversas entrevistas com familiares e amigos próximos das vítimas de Idaho, incluindo membros das famílias Chapin e Mogen.
"Nunca trabalhei em um documentário sobre um caso tão grande e com tantos aspectos complexos se cruzando", diz Galkin à Rolling Stone."Sim", concorda Garbus. "Tudo isso foi como uma versão turbinada de algo que eu nunca tinha visto."
Como o Departamento de Polícia de Moscow forneceu pouquíssimas informações ao público durante a investigação, a fúria da mídia nacional só aumentou nos espaços online, como a comunidade de true crime do TikTok. Vídeos sobre os assassinatos somaram milhões de visualizações, comentários e compartilhamentos, com criadores de conteúdo fazendo suposições públicas sobre amigos próximos ou possíveis suspeitos. Algumas pessoas foram acusadas injustamente, deixando dezenas de estudantes de Idaho e amigos das vítimas temendo por sua segurança e saúde mental. Galkin e Garbus disseram à Rolling Stone que o foco deles era contar uma história que mostrasse o que estava acontecendo por trás das portas fechadas.
"Na primeira conversa com os Chapin, algo que me marcou profundamente foi a descrição deles de serem arrastados para dentro daquele circo midiático. Todos os vídeos do TikTok, as teorias, e o nome do filho sendo injustamente atacado — obviamente, porque nenhuma daquelas conspirações se confirmou," conta Galkin. "Senti que nunca tínhamos visto essa história contada por esse ponto de vista. Um crime de grande repercussão em 2025 vem com todas essas camadas de atenção, redes sociais, especulação — algo que não existia algumas décadas atrás, mas que hoje é o que todas essas famílias precisam enfrentar diariamente."
Para Garbus, o objetivo era revelar a história que ou despercebida no meio do caos, evitar o sensacionalismo e dar às famílias das vítimas a chance de mostrar ao mundo quem seus entes queridos realmente eram — tanto como uma forma de memória, quanto como uma oportunidade de possível cura.
"Qual é o lado que ninguém contou?", ela pergunta. "No fim das contas, essas crianças são vítimas. E suas famílias merecem ter suas histórias contadas de forma completa, humana e amorosa."
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