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Pesquisadora denuncia racismo após ter entrada negada na França mesmo com visto válido

Márcia Cristina relatou momento de tensão em viagem de lazer

11 jun 2025 - 19h15
(atualizado às 19h53)
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Resumo
Pesquisadora brasileira denunciou racismo após ser impedida de entrar na França, mesmo com visto válido, e relatou situações de intimidação e irregularidades durante o ocorrido.
Marcia Rodrigues é cientista da UFAM
Marcia Rodrigues é cientista da UFAM
Foto: Reprodução/rodrigues.marci_/Instagram

A pesquisadora Márcia Cristina Rodrigues Silva, de 31 anos, relatou por meio das redes sociais momentos de tensão que viveu durante uma viagem entre Portugal e França em maio deste ano. 

Márcia é estudante de doutorado em Ciências do Meio Ambiente na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e escolheu a cidade de Porto, em Portugal, para fazer parte de sua formação.

Com o término de seus estudos em Portugal, ela resolveu aproveitar seus dias de folga para conhecer a capital sa. No entanto, o sonho acabou se tornando um pesadelo. A cientista contou que foi barrada no Aeroporto de Beauvais-Tillé, a cerca de 90 km de Paris, mesmo em posse de um visto válido para visitar o país. 

"Meu visto de estudante foi aprovado pela AIMA, que é o órgão responsável por autorizar a permanência de estrangeiros em Portugal. Segundo as informações disponíveis, com esse visto, eu poderia circular pelo Espaço Schengen, que inclui a França", escreveu a doutoranda.

Segundo a pesquisadora, ela foi levada por policiais a uma sala reservada, onde retiveram o seu aporte. "Sempre que tentava mostrar meus documentos ou usar o celular para explicar a situação, ele colocava a mão na arma, me intimidando", continuou.

Márcia contou que foi obrigada a um documento, mas que não entendeu o que estava escrito nem sequer chegou a receber uma cópia: "Disseram que eu estava proibida de entrar novamente na União Europeia, como se Portugal, onde resido legalmente, não fizesse parte desse espaço".

Horas depois, ela foi escoltada até o avião, onde viajou para Lisboa. Chegando à capital portuguesa, a cientista procurou o Consulado-Geral do Brasil, onde foi informada que os documentos estavam corretos e que ela estava apta a entrar na França. "Eles também não entenderam o motivo do ocorrido", disse.

Nas redes sociais, ela complementou: "O racismo é enlouquecedor. Ser uma pessoa preta no Brasil e no mundo é enlouquecedor.  Agradeço a todas as pessoas que estão se inteirando do que aconteceu comigo e se solidarizando com palavras e mensagens de acolhimento'.

Em vídeo publicado em seu perfil do Instagram nesta quarta-feira, 11, a pesquisadora agradeceu pelo apoio que tem recebido e afirmou que já está de volta ao Brasil. "Eu estou tomando todas as medidas cabíveis e, assim que eu tiver qualquer tipo de retorno, eu o aqui para vocês", concluiu.

O Terra entrou em contato com o Itamaraty e aguarda um retorno.

Fonte: Redação Terra
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